ENCONTRO NACIONAL DA ANERMB EM BRASÍLIA DEBATE TEMAS DE RELEVÂNCIA PARA OS MILITARES E PENSIONISTAS, DENTRE ELES MAIOR NÚMERO DE MILITARES NO LEGISLATIVO

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Nos dias 01 e 02 de agosto na Câmara, policiais, bombeiros e pensionistas representados por presidentes de associações de 16 estados da federação discutiram entre outros temas, como os militares podem ter mais representatividade na política. O objetivo é que 2018 aumente o número de militares no legislativo – deputados estaduais, federais e senadores.

Temas referentes aos PLS 85/17 e PL 7596/17 Abuso de autoridade, PL 148/15 fim da prisão disciplinar, foram temas discutidos pelos participantes.

Os parlamentares Major Rocha, Major Olímpio, Capitão Augusto, Subtenente Gonzaga e Cabo Sabino se reuniram com a Associação Nacional das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares (ANERMB). Presidentes de associações militares de 16 estados brasileiros apresentaram o panorama da participação política dos militares em seus estados e chamaram a atenção dos deputados para a o alto índice de mortalidade desses profissionais.

O presidente da Associação, Leonel Lucas, relatou que foram mais de 300 policiais e bombeiros militares (ativos e inativos) assassinados em todo o Brasil somente este ano. Destacou que é preciso mais envolvimento dos militares nas comunidades e na política para mudar esse quadro de violência.

“Hoje, no estado do Pará matam mais policiais que no Rio de Janeiro, proporcionalmente. A gente está vendo que o agravante é que a política no Pará não está sendo voltada para os policiais militares. Estamos preocupados e, também, o ponto principal é a política. Nós temos que estar envolvidos na política, porque basta do que está acontecendo hoje. Os políticos fazem o que fazem e ao policial militar só resta ficar esperando com as mãos para trás. Nós temos que mudar tirar as mãos de trás e se erguer contra tudo que está acontecendo hoje na política brasileira.” Relatou Leonel Lucas.

Além da representatividade política, foram discutidos temas relacionados a projetos em andamento no Congresso, assuntos como abuso de autoridade, reforma da Previdência e fim da prisão disciplinar. O deputado Capitão Augusto, do PR de São Paulo, falou sobre o andamento da criação do Partido Militar Brasileiro e sobre uma proposta de sua autoria, em análise no Senado, que prevê mudanças relacionadas aos direitos políticos dos militares:

“Nós temos um prejuízo muito grande de sair candidato. Se eu não me reeleger ou não quiser mais sair candidato eu não posso mais retornar à instituição e continuar trabalhando. É um prejuízo para nossa carreira – eu que ingressei como soldado, sou capitão e poderia sair como coronel não posso retornar para minha própria instituição para continuar trabalhando – sendo que todos os demais servidores públicos têm esse direito. Eles se reelegem e, depois, não se reelegendo, retornam para a instituição e continuam a sua carreira normalmente. E falei também da criação do Partido Militar Brasileiro, que também é uma bandeira política, não só para a política, mas para a questão da segurança pública.”

O encontro foi encerrado em clima de esperança com a notícia do presidente do Senado, senador Eunício Oliveira, que afirmou, nesta quarta-feira (2), que irá se reunir com os líderes partidários e demais senadores, a partir da semana que vem, com o objetivo de definir uma pauta prioritária sobre segurança pública analisando todos os projetos que estão nas comissões para uma pauta da segurança publica.

Os participantes redigiram uma carta com o resultado das discussões do Encontro Nacional Associação Nacional das Entidades Representativas dos Policiais e Bombeiros Militares e apresentarão aos parlamentares na próxima semana. A carta representará um pedido de socorro da segurança pública.

 

Reportagem – Leilane Gama

Adaptações SGT Denise Brasil