Policiais do RJ manifestaram-se na orla de Copacabana, dia 14 de dezembro, pela aprovação da proposta que torna crime hediondo ataques contra agentes da segurança pública, além de reivindicarem a liberação do uso da arma no horário de folga. O material de trabalho também é motivo de preocupação, pois não há coletes balísticos para todos os integrantes da corporação. No total, os policiais fazem oito reivindicações. Uma delas, a blindagem das bases de UPPs, constantemente atacadas a tiros por traficantes de drogas.
Durante o protesto foi distribuída carta à população e fincadas cruzes pretas na areia da praia com fotos de policiais assassinados. Em 2014, foram mais de 105 PMs assassinados. A grande maioria fora do horário de serviço. Para a cabo Flávia Louzada, o objetivo da manifestação é alertar a população de que o problema dos ataques aos policiais é de toda a sociedade. ” Como vamos proteger o cidadão se não conseguimos permanecer vivos?”, questionou.
Além de policiais participaram do movimento parentes de vítimas fatais de bandidos e parentes de policiais assassinados em serviço e em horário de folga. Após o protesto, mais um policial perdeu a vida, assassinado, em Nilópolis, na Baixada Fluminense. “As autoridades competentes têm que dar um basta nisso. É chocante ter de enterrar um filho”, desabafou Ângela Freira, mãe de um PM morto por bandidos.
Paulo Rogério N. da Silva
Jornalista ABAMF