Não ficará assim, diz secretário estadual de Polícia Militar sobre morte de sargento baleado em carro da PM no Rio

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Foto o Globo

RIO — O secretário estadual de Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires disse, nesta sexta-feira, durante o sepultamento do sargento PM Jamilton Machado de Assis, no memorial Jardim da Saudade, no Bairro de Sulcap, na Zona Oeste do Rio, que o crime não ficará impune. O secretário classificou a morte como inaceitável e disse que sua tropa não vai chorar, mas buscar os culpados pelo assassinato.

Sargento Jamilton foi baleado na cabeça no banco do carona de uma viatura Foto: Reprodução

O sargento foi baleado com tiro na cabeça, na quarta-feira, quando estava  no banco do carona em uma patrulha da Polícia Militar. O veículo passava por uma viaduto, no Bairro de Benfica, na Zona Norte do Rio, no momento em que o policial foi atingido por um tiro na cabeça . Ele foi levado inicialmente para a Unidade de Pronto Atendimento de Manguinhos, e de lá, foi transferido para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, onde morreu na quinta-fera, após passar por cirurgia.

Durante o sepultamento, o secretário também lamentou que 47 policiais militares tenham sido assassinados, entre janeiro e outubro de 2021. O numero já ultrapassa as 45 mortes de policiais militares, registradas durante o ano de 2020.

— É triste, lamentável, é um número (de mortes) que não é desejado por nós. Nós não buscamos isso, buscamos sempre reduzir. Estamos trabalhando para reduzir isso. Em relação aos últimos anos, existe uma redução. Em relação ano passado supera em dois números. Mas eu não falo de números. A perda é muito ruim, é lamentável. Foi inaceitável (a morte do policial), um ato covarde. Acho que não vai ficar assim. A minha tropa não vai chorar. A gente vai buscar quem fez isso. Já estamos em contato com a Polícia Civil.  Já estamos trabalhando desde que aconteceu o fato e a minha tropa não vai chorar. Não vai ficar assim— disse o secretário.

O enterro do sargento foi acompanhado por mais de 200 pessoas. Antes de ser sepultado, o militar foi homenageado pela tropa com uma salva de tiros. Durante o sepultamento, a mulher de Jamilton passou mal e precisou ser socorrida em uma ambulância da Polícia Militar.

A Polícia Civil investiga a hipótese de que o tiro que atingiu o sargento tenha sido disparado de longa ou média distância. O disparo entrou por uma janela lateral, e após ferir o militar, ainda teria atingido a coronha da arma do outro PM que dirigia o carro.

Jamilton Machado de Assis havia ingressado na Polícia Militar, em 2009, e era lotado na Unidade de Polícia Pacificadora do Jacarezinho. Ele tinha filhos gêmeos.      

Fonte o Globo